“Burro velho não aprende línguas”. “Vozes de burro não chegam aos céus”. “A pensar morreu o burro”. Estes são alguns dos muitos provérbios que, na língua portuguesa, abordam a figura do burro. Este animal, muitas vezes subestimado, faz parte da nossa cultura e folclore, no entanto poucos são aqueles que se lembram da sua presença na história e contexto religioso. Afinal, foi o burro que transportou a virgem Maria até à manjedoura, o mesmo que aqueceu o menino Jesus após o seu nascimento, sendo sempre representado no presépio e mencionado em várias passagens da bíblia.

Neste curso, o P. Vasco Pinto de Magalhães aborda a figura deste animal, a sua importância no campo da biologia, história e religião, como elemento de cultura artística na representação contemporânea e o nosso papel, como seres que cuidam dos animais, na ética e defesa da vida.

P. Vasco Pinto de Magalhães SJ

Jesuíta desde 1965, o seu percurso entrecruza a pastoral universitária, em Coimbra, Porto e Lisboa, o acompanhamento espiritual e a orientação de Exercícios Espirituais. Foi cofundador do Centro de Estudos de Bioética, tendo uma larga intervenção nesta área de reflexão e debate. É autor de numerosas obras de espiritualidade e formação cristã, juntando-se à Brotéria em 2016.

Programa

Dia 1 — O burro na Bíblia: significado e importância; passagens no Antigo e Novo testamento.

Dia 2 — A figura do burro na cultura: O príncipe com orelhas de burro; Memórias do burro e outras interpretações literárias.