5 e 12, 19 e 26 jul - 19h às 20h30Oficina de escrita
Escrever é escutarJacinto Lucas Pires

Uma oficina de escrita em quatro atos: a voz, a personagem, a história, o diálogo.
Ou, dito de outro modo: linguagem, ponto de vista, sentido, escuta.

Como é que podemos desaprender da melhor maneira?
Como é que podemos ver as coisas sempre de novo?
Como é que podemos iluminar cada pergunta?
Como é que escrever nos pode tornar mais atentos ao mundo?

O lugar da escrita faz-se de uma aparente contradição: o máximo de atenção e o máximo de liberdade. Descobri-lo é descobrir um bom lugar.

Em quatro sessões de trabalho prático, procuraremos que cada participante ensaie as formas mais livres da sua escrita. Chegaremos às questões de estrutura a partir de exemplos concretos. Falaremos também de estilo, géneros, pequenos truques e grandes princípios (em vez de regras fixas). E de como é que podemos juntar o melhor de dois mundos: primeiro, criar sem autocensura; depois, ganhar distância em relação ao nosso trabalho. Vamos escrever, escrever, escrever.

 

Módulo I

5 jul
Primeira sessão: a voz

O discurso sobre “encontrar a voz” confunde mais do que ajuda. O importante é escrever. A voz há de surgir quando estivermos a fazer outras coisas. Como é que podemos desaprender da melhor maneira?


12 jul
Segunda sessão: a personagem

Escrever é ser outros, ver o mundo de diferentes pontos de vista. O que é uma personagem? O que se descobre quando se passa para o lugar do outro? Como é que podemos ver as coisas sempre de novo?

 

Módulo II

19 jul
Terceira sessão: a história

Perceber a estrutura de uma história ajuda a saber como dar movimento às ideias e às imagens. E a achar-lhes o sentido primeiro, escrevendo a partir do fim. Como é que podemos iluminar cada pergunta?


26 jul
Quarta sessão: o diálogo

Escrever é escutar, e as histórias são movimentos de mudança e revelação. O que acontece quando duas histórias se põem à conversa? Como é que escrever nos pode tornar mais atentos ao mundo?

 

 

Jacinto Lucas Pires

Escreve livros, peças de teatro, filmes, música. O seu último romance, Oração a que faltam joelhos (Porto Editora, 2020), ganhou o Prémio John dos Passos. Durante a pandemia, saiu Doutor Doente, um livro de contos (Húmus, 2021). Mais recentemente, foi publicado um livro seu de não-ficção, Ser ator em Portugal (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2022), e Faz diferença, um álbum ilustrado com texto de Jacinto Lucas Pires e ilustrações de Alice Piaggio (Bruaá, 2022).

Local: Brotéria