A arte sacra, nas sociedades secularizadas do século XXI, fará sentido? Que arte queremos ou podemos ter nas igrejas hoje? O cristianismo gerou um património e uma tradição artística invulgarmente rica e criativa. Como lhe dar continuidade e atualidade? Estas questões abrem uma problemática que veio à luz no século XX em pleno movimento da arte moderna e que apenas se complexificou com o desenvolvimento das expressões artísticas do nosso tempo. O conjunto das três sessões propostas pretende revisitar aspetos práticos e teóricos da crise da arte sacra moderna que projetem alguma luz sobre a situação presente.

Programa

Ter 18 jan
19h às 20h30

Introdução à problemática duma arte sacra para hoje. Do espiritual na arte à arte litúrgica, na fronteira entre noções contíguas. Tradição e renovação do olhar. O estímulo do Magistério da Igreja e a arte do nosso tempo. Uma matriz teórica a partir do pensamento de Raymond Court.

Qua 19 jan
19h às 20h30

A arte moderna nas igrejas. Realizações e polémicas em torno dos dominicanos da revista L’Art Sacré: M.-A. Couturier et P.-R. Régamey (1945-1952). Argumentos e visão de conjunto sobre um debate pioneiro em meados do século XX.

Qui 20 jan
19h às 20h30

Uma teologia da arte? Da dimensão religiosa à sacramentalidade da arte em Paul Tillich (1886-1965). Balanço e perspetivas em aberto.

P. João Norton SJ

Padre jesuíta, João Norton é licenciado em arquitetura. Completou a sua formação na Companhia de Jesus com uma especialização em estética e filosofia da arte em Louvain-la-Neuve, e em Teologia da cultura, em Paris, com uma tese sobre "a crise moderna da arte sacra”. É atualmente Assistente Convidado da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e vive na comunidade da Brotéria.

👁 Este curso é gravado e os links de acesso enviados a todos os inscritos, para que possam participar em diferido caso não estejam disponíveis nos horários propostos.⁠