Os concílios ecuménicos da Igreja Católica, num total de vinte e um, determinaram os grandes conteúdos da fé, frequentemente num contexto de polémica e dissidência. Estes grandes encontros do episcopado universal moldaram e definiram as grandes questões doutrinais e disciplinares da Igreja e refletiram as preocupações e desejos de cada tempo. Partindo dos cinco concílios pré-nicenos, percorreremos os vinte séculos de história da Igreja detendo-nos nos contextos históricos e nas principais conclusões resultantes destas grandes convocatórias universais das igrejas locais, divididas em três etapas: idade antiga, idade média, idade moderna e contemporânea. Desde o Concilio de Niceia em 325, que formulou o primeiro símbolo de fé, burilado nos concílios sucessivos, ao Concilio Vaticano II, aberto em 1962, que com o seu aggiornamento e refontalização, adaptou a Igreja aos tempos modernos e recentrou-a nas fontes primitivas. 

Programa

Dia 1 
Após uma incursão pelos cinco concílios pré-nicenos, nesta sessão são abordados os oito primeiros concílios da igreja antiga, desde o Concilio de Niceia em 325, que formulou o primeiro símbolo de fé, passando pelos sucessivos de Constantinopla, Éfeso e Calcedónia. 

Dia 2 
Esta sessão é centrada nos concílios medievais lateranenses e leoneses e no grande concílio de Constança de 1414 que, baseando-se na doutrina conciliarista, logrou extirpar o cisma que dilacerava a igreja do Ocidente, desde o cativeiro de Avinhão. 

Dia 3  
Esta sessão é dedicada à igreja moderna e contemporânea, desde o importante Concílio de Trento (1545/1563) que recentrou a igreja na sua missão pastoral através de fortes medidas disciplinares, ao Concilio Vaticano II, (1962/1965), que com o seu aggiornamento e refontalização, adaptou a Igreja aos tempos modernos e regressou às suas fontes primitivas. 

P. António Júlio Trigueiros SJ 

Doutorado em História Moderna pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, investigador do Centro de Estudos Clássicos da mesma faculdade e membro da Academia Portuguesa da História. Foi diretor da revista Brotéria. Licenciou-se em Filosofia e Humanidades em Braga na Universidade Católica Portuguesa e Teologia e História da Igreja em Roma na Pontifícia Universidade Gregoriana. É atual reitor da igreja de São Roque e capelão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.