A presença e o papel das mulheres na Igreja católica têm estado na agenda do Conselho de Cardeais do Papa Francisco, conhecido por G9. “Desmasculinizar a Igreja”, neologismo criado pelo próprio Papa, é identificado como propósito. Como afirmou perante a Comissão Teológica Internacional, em 30 de novembro de 2023, «um dos grandes pecados que temos tido é o de “masculinizar” a Igreja»[1]. O ponto de partida escolhido para este percurso de reflexão, que pretende «mais abrir do que fechar», foi o da escuta, começando por dar voz a mulheres. O ponto de chegada, esse, é deixado em aberto.
O último encontro sobre o tema, que foi já o terceiro consecutivo, teve lugar no passado dia 15 de abril. Além de Linda Pocher, religiosa salesiana e teóloga que coordena a iniciativa, contou com Regina da Costa Pedro, missionária responsável pelas Obras Missionárias Pontifícias no Brasil, e a teóloga leiga Stella Morra, que a Brotéria tem o gosto de ter entre os seus autores[2]. Ao semanário La Fedeltà, Morra descreveu o encontro como um momento em que «o Papa e os cardeais escutam, fazem perguntas e observações, num ambiente distendido e de sincera escuta recíproca», acrescentando não ser de todo óbvio que Papa e cardeais «dediquem quatro horas inteiras (foi quanto durou o encontro!) a refletir, a dialogar, a confrontar posições, mesmo sobre problemas concretos»[3]. Se falar pode ser ato de coragem, a disposição a escutar não será menos corajosa. A reunião anterior, a segunda, acontecera nos dias 5 e 6 de fevereiro. Foram convidadas Jo Bailey Wells, académica, bispa da Igreja Anglicana de Inglaterra e vice-secretária geral da comunhão anglicana, com pensamento teológico sobre a igualdade de género e a sua inscrição no desenho da criação, e Giuliva Di Berardino, religiosa que trabalha na formação na área espiritual, e Linda Pocher, já referida anteriormente. O encontro que abriu a série ocorreu a 5 de dezembro de 2023, com a presença de Lucia Vantini, teóloga leiga que tem trabalhado no campo da filosofia da diferença e da teologia de género, de Luca Castiglione, padre da diocese de Milão que publicou em 2020 um trabalho de investigação teológica de grande fôlego sobre “igualdade batismal e diferença sexual”[4], e Linda Pocher. As três intervenções feitas neste primeiro encontro foram recentemente publicadas em livro, em edição italiana, com prefácio do próprio Papa Francisco[5].
Desta publicação, interessa-nos destacar o texto de Lucia Vantini, intitulado “Além do princípio, uma constelação de diferenças”[6], por submeter a exame crítico uma importante teoria formulada nos anos setenta do século passado por um dos teólogos católicos mais marcantes do século XX, o suíço Hans Urs von Balthasar (1905–1988), teoria essa que viria a ter grande êxito. Trata-se da distinção e da dialética estabelecida entre o denominado “princípio mariano”, princípio feminino (passivo, espiritual, envolvente), representado por Maria, Mãe de Jesus, e o denominado “princípio petrino”, princípio masculino (ativo, jurídico, institucional), representado pelo discípulo Pedro. Lidos essencialmente de forma arquetipal e simbólica, Maria e Pedro seriam figuras evangélicas a que a Igreja deveria a sua constituição. O objetivo era o de identificar na esfera feminina/mariana do amor materno e das atitudes recetiva e contemplativa um ambiente eclesial mais originário e mais amplo dentro do qual compreender e integrar o universo específico dos ministérios e das estruturas eclesiais, considerado tipicamente masculino. Neste sentido, o elemento feminino, materno e místico, teria proeminência sobre o elemento masculino, ministerial e institucional. O princípio mariano seria o baluarte sólido do conjunto do edifício da Igreja.
Retirada, por vezes, do contexto originário em que foi formulada, precisamente o da pluralidade e da complementaridade dos estilos eclesiais, no quadro de uma reflexão mais ampla sobre a integração do ministério do Papa na Igreja universal – não o contrário –, e reduzida facilmente a uns tantos estereótipos morfológicos e classificações psicofisiológicas (do feminino exaltado pela sua suposta sensibilidade passiva e mística e do masculino afirmado pela sua alegada força ativa e racional), esta teoria viria a conhecer grande sucesso teológico e influência pastoral no espaço eclesial católico. A receção e o uso que o magistério pontifício fez dela em documentos e discursos contribuiu significativamente para isso, desde o Papa Paulo VI, passando pelos Papas João Paulo II e Bento XVI.[7] Mais recentemente, no mesmo discurso feito aos membros da Comissão Teológica internacional, acima referido, também o Papa Francisco invocou explicitamente o princípio balthasariano, para afirmar que «a Igreja é mulher» e que «o [princípio] mariano é mais importante do que o [princípio] petrino, porque existe a Igreja esposa, a Igreja mulher». O elemento mariano abraçaria, por isso, o elemento petrino, sem o pretender para si mesmo, porque, nesse caso, significaria ceder à “masculinização”. Considerando, pois, a receção por parte do magistério, a teoria dos princípios mariano e petrino pareceria oferecer o quadro teológico adequado para conceber e falar do justo lugar da mulher na Igreja.
Posta no pedestal, como se fosse dotada de uma força metafísica incontestada e devesse ser recebida como tese dogmática intocável, esta teoria é, hoje, submetida a crítica, como questão teológica aberta que é, tanto no plano bíblico e eclesiológico como antropológico. Como afirma a teóloga Marinella Perroni, «não se trata de um problema teórico, importante apenas para discussões académicas. Pelo contrário, está em jogo a pertinência da teologia e, mais ainda, da própria Igreja, para a vida real»[8], porque não é igual tratar o tema a partir de modelos arquetípicos e de princípios abstratos ou escutar a realidade histórica e as realizações efetivas das dinâmicas de autoridade e de poder, por exemplo. A atenção à realidade de existências concretas, culturalmente situadas, sobretudo por parte de mulheres teólogas, gera a recusa do carácter essencialista de arquétipos e da simplificação cómoda de clichés relativos às diferenças sexuais e à sua hierarquização, para assumir o que é diferente, desde logo e sobretudo, como traço de parcialidade e de finitude de qualquer existência, seja ela feminina, seja ela masculina. Ainda que sob a proteção de supostas autoridades invocadas, não parece aceitável a desconsideração das mudanças de perceção que homens e mulheres têm de si mesmos nos tempos que vivemos, como espelho, entre outras razões, do desenvolvimento das ciências humanas e da mudança do paradigma antropológico que esse desenvolvimento tem gerado. No caso específico da autoridade dos textos bíblicos, sempre expostos a serem objeto de retroprojeção de visões culturais posteriores, historicamente circunstanciais, será incontornável o confronto com os avanços dos próprios estudos bíblicos. Por isso, ainda segundo M. Perroni, tal «revolução antropológica impõe, tanto às igrejas, como às sociedades civis, o repensamento aprofundado da consciência que têm de si mesmas e das suas próprias estruturas»[9].
No que diz respeito à teologia da mulher feita a partir da teoria de von Balthasar, o fundamento bíblico revela-se frágil e o entendimento das diferenças de género expõe uma fortíssima marca cultural contextual e estereotipada datada que cabe reconhecer. Segundo a análise que L. Castiglione faz do pensamento do teólogo suíço sobre este tema, o princípio feminino seria caracterizado pela descrição, o serviço, a humildade, a generosidade, traços que conduzem ao desprendimento de si e à dedicação à vida de outros, em abandono e docilidade. Neste sentido, «a feminilidade deve ser entendida como uma esfera envolvente, da qual a virgindade, a maternidade e o ser esposa são as expressões fundamentais»[10]. Na mesma linha, Balthasar defende a hierarquia permanente dos sexos como sendo uma realidade natural e traço da verdade antropológica cristã, com raízes no mistério trinitário de Deus, ainda que tal não entrasse em contradição com o reconhecimento da equiparação pessoal de direitos entre homens e mulheres[11]. Do ponto de vista bíblico e antropológico, destaca Castiglione, a procura de «uma “essência” para o homem e para a mulher nas tipologias exemplares não tem suficientemente em conta a singularidade e a consistência própria de cada pessoa»[12].
Diante deste tipo de caracterização do feminino, pergunta-se M. Perroni se não se trata, mesmo que não deliberadamente, de uma «forma precisa de “teologia de género” que, desde sempre e de modo particular na tradição católica, articula a relação entre o masculino e o feminino em função da defesa de estruturas de poder androcêntricas»[13]. A consciência de que o que significa ser “homem” ou “mulher” depende de quadros culturais circunstanciais e não, simplesmente, de dados da natureza, supostamente neutros, é uma aquisição relevante que importa reconhecer no pensamento contemporâneo sobre o género, à qual a teologia não pode ficar alheia; pelo contrário, rotular e, portanto, recusar qualquer pensamento sobre o género com a classificação de “ideologia”, parece ser uma posição excessivamente cómoda, na realidade, também ela ideológica. Mesmo do ponto de vista bíblico, afirma M. Perroni num outro artigo, «aquilo a que Balthasar chama “princípio mariano” não é senão o princípio histórico-salvífico que governa [toda] a narração bíblica», a confirmação de que, mesmo para a tradição cristã, o acolhimento da palavra e o ato de fé precedem qualquer mandato ministerial conferido por Jesus e qualquer carisma que venha do Espírito». Não tem, por isso, que ver com qualquer «mística do feminino ou com mulheres que cuidam do lar»[14]. Esse traço de identidade cristã pertence a todo o discípulo, seja ele mulher, seja ele homem.
Mas atendamos, com um pouco mais de detalhe, à reflexão de V. Vantini sobre o princípio mariano-petrino formulado por von Balthasar, feita em três tempos.
Num primeiro momento, como mulher e teóloga que trabalha os temas da diferença e do género, L. Vantini entende ser seu dever dar voz a sofrimentos e a aversões gerados pelo princípio balthasariano, para que os seus interlocutores diretos, neste caso, o Papa e aqueles nove cardeais, pudessem «aceder àquele mundo feminino que se sente mal» com esse mesmo princípio, «um mundo feminino tão exaltado quando incompreendido, subestimado, desatendido, subavaliado, ridicularizado e demonizado» [15]. Adverte, por isso, que há que «prestar atenção a como a diferença sexual é nomeada, descrita e implicada para dar forma ao mundo que habitamos em conjunto, mulheres e homens», porque «a diferença sexual não é apenas aquilo que assinala qualquer vida mas é também uma fonte poderosa de símbolos, de significados e de práticas que devemos sempre interrogar e avaliar com olhar crítico». Este seu poder cultural não pode ser subestimado. Pode acontecer, pois, que, «com determinadas imagens de diferença, se gere um mundo não hospitaleiro, sendo muitas vezes as mulheres a aperceberem-se disso e a pagarem o respetivo preço» [15].
De seguida, L. Vantini centra a atenção no que identifica como mística do estereótipo e da subtração, sublinhando o carácter forçado das diferenças entre masculino e feminino. Por que motivo o princípio mariano-petrino de Balthasar teve tanto êxito e parece funcionar tão bem?, interroga-se. Pelas seguintes razões: porque «oferece a simplificação daquela complexidade que nos aterroriza»; porque permite «reconduzir as diferenças à unidade desejada pelo sujeito mais forte e ordená-las por meio de precisas polaridades hierarquizadas»; porque «consente que qualquer nostálgico reproponha, ainda que de forma elegante, aquele horizonte patriarcal e “fratriarcal” que, hoje, entrou em crise, mas que ainda não se extinguiu nem foi substituído por um sistema simbólico alternativo». No fundo, a força de tal princípio está em «neutralizar as mulheres por meio de definições bem conseguidas e de imagens exaltantes» [18]. A idealização pode ser, de facto, uma forma efetiva de agressão. O modelo mariano da mulher perfeita – virgem, esposa e mãe – e do génio feminino – musas inspiradoras, como Beatriz para Dante – prendem as existências reais «a um espaço de perfeição que paralisa e que condena à impossibilidade de ser o que se é, com as qualidades e os limites da própria singularidade». Tal elevação das mulheres a altares inalcançáveis teve como consequência impedir que se «impliquem na trama concreta da história», que «sujem as mãos nos processos de governo, de decisão, de poder», tornando-as, ao mesmo tempo, «vítimas potenciais». Como argumentou René Girard nos seus estudos sobre as dinâmicas da violência mimética e do “bode expiatório”, «a aclamação do Messias está, de algum modo, ligada à preparação da vítima sacrificial». Recorda, por isso, L. Vantini, o fruto de tal exaltação é a exclusão. Mesmo que possa ser tranquilizador, o princípio balthasariano «corre o risco de ser um beco sem saída, uma ponte restaurada, mas por onde ninguém passa ou só muito poucos» [19].
A fórmula de von Balthasar parece positiva, na medida em que entende colocar homens e mulheres em terrenos específicos, mutuamente reconhecidos, que não competem entre si, mas que, pelo contrário, nas suas diferenças, colaboram de forma complementar, para o bem de todos. Porém, o modelo esconde uma fragilidade estrutural, na medida em que «integra o feminino como “força de inspiração” de um mundo que permanece masculino» [20] – seria seu o elemento recetivo, afetivo e carismático –, sendo que o masculino permanece «exclusivamente ministerial-institucional» [25]. À mulher caberia inspirar: seria sua a parte mais nobre, imprescindível; ao homem caberia governar sozinho: tocar-lhe-ia o custo da parte menos nobre, mas necessária), tudo segundo “a ordem natural das coisas”, ou seja, “segundo a vontade de Deus” – não podemos deixar de reconhecer o carácter potencialmente violento de tais expressões e o modo abusivo com que podem ser invocadas. Portanto, contra a idealização que exclui – a justa diferenciação não pode ser motivo para exclusões injustas, tal como a linguagem da complementaridade não pode ficar aquém da paridade relacional da reciprocidade – «só as mulheres reais, não aquelas misticamente idealizadas pelo princípio, conseguirão converter o sistema masculinizado» [22], defende a teóloga.
Num terceiro e último ponto, L. Vantini foca a atenção no risco de perda de complexidade. A desconstrução do princípio mariano-petrino, adverte, não visa negar a diferença sexual, mas, antes, reconhecê-la como traço da parcialidade que assinala qualquer vida humana. Assim entendida, importará reconhecer que, segundo o Evangelho, em Cristo, nenhuma diferença pode ser invocada, nem como motivo de orgulho próprio, nem como causa de humilhação alheia. Pelo contrário, «as diferenças são sinal da fantasia de Deus, não são nunca ponto de apoio para aquelas escalas hierárquicas de que se socorrem frequentemente os sujeitos vencedores» [29]. Neste sentido, importa preservar os discursos eclesiais sobre a diferença sexual do risco de essencialismo em que tendem a cair, precisamente, quando, por exemplo, se «passa indevidamente do dado biológico ao dado ético-normativo e espiritual» (30). Exemplo disso é a passagem, demasiado fácil e sem justificação imediata no plano das vidas reais, da potencialidade biológica feminina da geração à vocação natural ao cuidado, numa lógica relacional que o contrapõe à autonomia, característica do homem. Defende, por isso, Vantini, em jeito de conclusão, que importa «sair da idealização mística do feminino e descobrir as mulheres reais», «interrogar a consciência masculina nos seus aspetos subjetivos mais afetivos e vulneráveis», «dar vida a uma cultura do nós, da complexidade, da interconexão, da liberdade da diferença e na diferença». As forças necessárias para isso já existem, mas para que se efetivem, «importa arriscar a escuta das mulheres mais radicais» [32], remata.
Tanto no pensamento teológico como nas práticas eclesiais, uma matéria como é a do lugar das mulheres da Igreja, que, em algum momento, implica que se enfrente abertamente a questão das dinâmicas de autoridade e de poder e, especificamente, dos ministérios – L. Vantini evoca este tema como uma espécie de «fantasma que ronda nos nossos quartos, que perturba o raciocínio e inibe a franqueza» de discurso [14] –, pode continuar a ser colocada a partir de modelos arquetípicos e de princípios abstratos e essencialistas, por cima ou ao lado das existências biográficas e dos movimentos culturais. Em sentido diferente, pode ser colocada a partir da escuta da realidade histórica, das dinâmicas do tempo presente e das suas muitas vozes – entre tais dinâmicas, está o reconhecimento da dignidade e da justeza da reivindicação de autoridade pública das mulheres, que João XXIII, já em 1963, na encíclica Pacem in terris, identificava como traço cultural e um dos “sinais dos tempos” através do qual o Espírito Santo falava à Igreja. Trata-se de paradigmas distintos da relação que a Igreja quer e deve ter com o mundo contemporâneo que muda e com os homens e mulheres que mudam com ele. A posição crítica que Lucia Vantini defendeu recentemente na presença do Papa e dos seus cardeais consultores vai claramente no sentido de partir da escuta da realidade biográfica e cultural, da atenção ao seu carácter plural e da valorização da parcialidade de cada elemento na relação que estabelece com outras parcialidades. Desse modo se manterá viva a leitura, tanto dos textos bíblicos e como da tradição da Igreja, e a adesão afetiva à respetiva autoridade. A Brotéria reconhece-se nesta opção e quer continuar a implicar-se nela, assumindo possíveis custos associados. Entendemos que não basta ocupar-se de princípios nem repetir modelos pré-determinados. Reconhecendo que toda a realidade é habitada pela força do Espírito do Senhor Ressuscitado, importa buscar, assumindo-o também como tarefa teológica, uma hermenêutica satisfatória da sua historicidade e complexidade, parcialidade e dimensão processual.
Nas páginas da Brotéria de janeiro de 2023, Stella Morra defendia que temas como o da identidade sexuada, caracterizada como masculina e feminina, seja pela temática, seja pela relação com a tradição cristã, seja pelas autoridades invocadas e pelo método seguido, expõem claramente avessos e pontos de conflito com outros saberes, paradigmas antropológicos, realizações culturais. Pedem, por isso mesmo, «“outras” categorias e instrumentos de compreensão, que sejam diferentes daqueles a que estamos habituados»[15]. Não se tratará de renunciar ao que é próprio da identidade cristã mas, sim, de assumir que a hospitalidade da complexidade da realidade e que a disposição a aprender com ela, na sua extraordinária pluralidade e incontornável carácter parcial, é constitutiva do modo próprio cristão, do seu estilo relacional de habitar o mundo, que é sempre um mundo de mundos. O caminho é, por isso, tão exigente quanto necessário para libertar, hoje, as forças espirituais do Evangelho que tantas das formas eclesiais herdadas já não conseguem fazer respirar. Forças existem. Cabe reconhecê-las e dar-lhes forma, começando pela escuta corajosa da realidade mais radical, dita, por vezes, pelas vozes mais incómodas. Na verdade, não estaremos longe da hospitalidade radical de Jesus de Nazaré, da sua descentrada e desconcertante radicalidade de vida.
[1] Discurso do Papa Francisco aos membros da Comissão Teológica Internacional, 2023.
[2] “Humano sexuado: rosto, género e diferença”, Brotéria 196-1 (2023): 61-76.
[3] Edição digital de 16 de abril de 2024.
[4] Tese de doutoramento sob orientação de Christoph Theobald SJ, publicada em França com o título Filles et fils de Dieu. Égalité baptismale e différence sexuelle (Paris: Cerf, 2020), com tradução italiana (Brescia: Queriniana, 2023). As citações aqui feitas são da edição italiana.
[5] Lucia Vantini, Luca Castiglione, Linda Pocher, “Smaschilizzare la Chiesa”? Confronto critico sui “principi” de H. U. von Balthasar (Milano: Paoline, 2024).
[6] As citações do artigo de L. Vantini serão feitas no corpo do texto entre parêntesis retos.
[7] Exortação Apostólica de Paulo VI, Marialis cultus, «para a reta ordenação e desenvolvimento do culto» mariano, 1974; Carta Apostólica de João Paulo II, Mulieris dignitatem, «sobre a dignidade e a vocação da mulher», 1988; homilia de Bento XVI, por ocasião da entrega do anel cardinalício, 2006.
[8] Marinella Perroni, “Ritorno del principio mariano-petrino?”, in https://www.queriniana.it/blog/ritorno-del-principio-mariano-petrino--291
[9] https://www.queriniana.it/blog/ritorno-del-principio-mariano-petrino--291
[10] Castiglione, Figlie e figli di Dio, 184.
[11] Cf. Castiglione, Figlie e figli di Dio, 169.
[12] Castiglione, Figlie e figli di Dio, 184.
[13] Perroni, “Ritorno del principio mariano-petrino?”.
[14] Marinella Perroni, “Principio mariano – principio petrino: quaestio disputanda”, in https://www.cittadellaeditrice.com/munera/sulla-formula-principio-marianoprincipio-petrino-m-perroni/
[15] “Humano sexuado: rosto, género e diferença”, Brotéria 196-1 (2023): 63.
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