Fundado em 1953, o Movimento de Renovação da Arte Religiosa empenhou-se em conferir modernidade e uma maior qualidade plástica à arte e aos edifícios religiosos em Portugal. Com o encerramento do Concílio Vaticano II em 1965 e tendo alcançado os seus objetivos iniciais, este movimento deu progressivamente lugar ao Secretariado para as Novas Igrejas do Patriarcado, fundado em 1961. Enquadrado nos movimentos de diálogo da Igreja Católica com a modernidade e motivado para a participação num projeto reformista simultaneamente religioso e social, este gabinete diocesano valorizou a concepção de projetos arquitetónicos que visavam propor um maior valor sociológico e antropológico para os lugares litúrgicos, traduzindo conceitos pastorais representativos da nova identidade religiosa.
João Alves da Cunha
Formado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa e Mestre em Reabilitação da Arquitetura e Núcleos Urbanos pela mesma faculdade. Concluiu em 2014 o doutoramento em História da arquitetura sobre o Movimento de Renovação da Arte Religiosa. Atualmente é conferencista, curador, autor de diversos artigos e publicações sobre arquitetura religiosa e membro dos centros de estudos CEHR e CERC da Universidade Católica Portuguesa.