As artes, nas suas diversas manifestações, ocuparam desde sempre um lugar importante na missão dos Jesuítas. Mas será essa relação uma instrumentalização meramente utilitária? Serão as artes, para a Companhia de Jesus, uma ferramenta com papel secundário? Um estudo recente sobre a relação entre os Jesuítas e as artes em todo o mundo revela que as artes permanecem, talvez surpreendentemente, um elemento central para um número significativo de jesuítas e de instituições ligadas aos jesuítas em todo o mundo. Mas será essa relação uma instrumentalização meramente utilitária? Nesta conferência, além de apresentarmos os resultados desse estudo, analisamos aquilo que a relação entre os jesuítas e as artes revela sobre o bem e a bondade.
P. Francisco Mota SJ
Entrou na Companhia de Jesus em 2004 e foi ordenado sacerdote em 2016. Frequentou a licenciatura em Direito na Universidade Católica Portuguesa. É licenciado em Filosofia (Universidade Católica Portuguesa, Braga) e em Teologia (Heythtop College, Londres). É mestre em Teoria Política (IEP-UCP, University of Oxford) e em Ética Social (Boston College).
Foi Diretor-geral da Brotéria entre 2019 e 2024, e também Vice-Presidente do JRS-PT, pároco de Nossa Senhora da Encarnação e Presidente da Direção do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Encarnação. É atualmente visiting fellow no Institute for Advanced Jesuit Studies do Boston College.
Conferências Eutopos
A busca por Eutopoi, ou seja por bons lugares, tem animado a Brotéria. Acreditamos que há muito bem escondido para mostrar, muitas vidas desconhecidas para revelar, muitos projetos transformadores para partilhar. Vivemos num mundo acidentado, onde às vezes parece que o progresso é lento, mas onde, se olharmos com atenção, o bem se constrói e a esperança se torna concreta.
Em cada conferência, apontamos para um Eutopos. Em outubro fazemos mira à relação entre as artes e a Companhia de Jesus; em novembro, olhamos para a natureza, elemento incontornável do trabalho de Rui Chafes; e em dezembro, perguntamo-nos, com a ajuda de Marion Muller-Colard, se o desassossego pode ser, mais do que uma maldição, um verdadeiro bom lugar.
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